"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."
(Antoine de Saint-Exupéry)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Fragmentos - 1 de 8: Impulso

2 meses. 11 dias.
Me traí!
Quebrei promessas, desfiz as rezas, fui no caminho contrário da minha razão. Segui meu coração.
Coração este que sempre bate descompassado quando existe você.
Um simples "e ae tudo bom?" - resposta de um texto do The Bro Code que lhe enviei por impulso -, me fez passar o dia todo com um sorriso bobo e o coração leve.
Ah se você soubesse como eu sinto falta das conversas aleatórias, de como foi nosso dia. 
Ah como eu queria te contar como está a minha vida, e saber da sua também. 
Ah como foi bom trocar alguns whatsapps com você, e poder falar um pouquinho da vida. 
Infelizmente me contento com pouco. É errado, eu sei. Eu mereço o inteiro, não a metade. 
Mas fazer o que, se a minha calmaria é ter você por perto, seja do jeito que for, no tempo que for, durando o que tiver que durar... 
Eu sou fraca demais pra deixar de lado, ignorar um amor que já me foi provado que é kármico. 
Se um dia for pra de uma vez por todas te esquecer, que seja sem a sua ausência. 
Dizem por aí que só se cura um amor, com um novo amor, mas como curar algo que pra mim sempre foi mais do que isso? O que mais me importava era, e é, a sua amizade. 
Amizade não se cura, ou ou sobrevive ou morre. Então, que sobreviva! 

quarta-feira, 12 de março de 2014

Fragmentos - 1 de 7: Seguir em Frente



10 de março de 2014.
Uma tarde como se fosse a primeira vez.
Leves. No nosso mundinho. 
Só me sinto eu, quando estou com você.
Parece que encontro meu lugar no mundo.
Você feliz por eu estar ali, com você.
Você me perguntando se eu estava triste.
Meu olhar me entregou.
Eu menti, disse que estava apenas pensativa.
Mentira, eu estava triste, afinal eu sabia o motivo daquela tarde.

Nunca falei tão da boca pra fora que era a última vez que nos veríamos.
(Afinal já rolaram uns 2 ou 3 encontros em que seria a última vez)
Que precisávamos seguir em frente.
Falei porque sabia que isso era o correto a ser feito.
Mas pelo meu coração, eu viveria do jeito errado pelo tempo que fosse.
Não sinto culpa.
Ou melhor, viveria como sua amiga pelo resto da vida.
Pelo resto de nossos dias.

Tô me sentindo tão perdida.
Incrivelmente triste.
Coração deveria vir com um botão de "deletar", a vida seria bem mais fácil.
Decidi não ouvir mais Neon Trees, Sublime e Muse.
E acho que nem assistir as futuras temporadas de Game of Thrones. 
Pelo menos por enquanto. Sabe-se lá por quanto tempo.
É melhor evitar uma avalanche de lembranças, de deliciosos momentos.
Os beijos, os abraços, a química, o sofá imaculado, hahaha.
O único lugar que nunca brigamos neste 2 anos.

Mas se me conheço bem, nos conheço bem, em algum momento da vida vamos nos trair.
E sinceramente, eu torço pra que um dia a vida nos coloque frente a frente novamente.
Sei lá, acho que vai ser legal ver o rumo que tomamos.
De repente estaremos bem sucedidos na carreira e no amor. Ou não.
De repente a vida vai virar nossa vida do avesso, pra daqui um tempo nos desavessar e falar: "agora sim chegou a vez de vocês".
O tempo, o destino, são imprevisíveis.
Hoje a única certeza que tenho é que te amo, e que não quero esquecer as alegrias que tive ao seu lado.
Só quero que a dor amenize, e eu consiga seguir em frente.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Fragmentos: 1 de 6 - Dois Anos

Parece que pra todos os efeitos, nunca existiu "eu e você, nós".
Se nunca existiu, o que foi que nós vivemos?
Aventuras? Desventuras?
Dia 26/02 faz dois anos que ficamos pela primeira vez.
Domingo a noite. Pós churrasco. Eu estressada (pra variar). No seu carro. Você me ouvindo. Eu te querendo como A-M-I-G-O!
Sempre quis, sempre vou querer. Você que nunca me quis assim. Você sempre quis bem mais de mim.
Eu também sempre quis bem mais, mas acima de tudo queria sua amizade. Alguém com quem contar.
Aquele beijo... 2 anos depois e ainda perco o fôlego quando lembro.
Vontade de não parar. 
Sempre foi assim, nunca existiu a vontade parar, mas eu parava. Por medo.
O medo sempre me travou. Medo de me machucar, de errar, de doer, de perder e não saber lidar.
E perdi. E não sei lidar com essa perda até hoje.
Te deletei. Bloqueei. Grande bosta! Nada resolveu. Dentro de mim você continua intacto.
Some. Aparece. Some de novo. Aparece de novo. Vai e vem. Iô-iô.
E tudo o que eu sinto fica aqui, seguindo o SEU fluxo.
Dói saber que não nos pertencemos mais. Que não posso te ter pra mim.
Nessa confusão, ambos tivemos nossas parcelas de culpa.
Mas e aí? Como lidar com esse amor?
Sim, eu disse A-M-O-R! 
Nunca tive coragem de dizer "Eu Te Amo" olhando nos seus olhos azuis. Olhos que me devoravam.
Tinha medo de que você me achasse uma menina boba. Sempre me senti uma menina perto de você.
Uma menina cheia de sonhos, perto de um homem que eu nunca consegui descobrir.
Minha vida, meus sentimentos, meus sonhos, ficaram estagnados no status do "E se..."
E se eu não tivesse sido tão geniosa, tão briguenta?
E se eu tivesse confiado mais, falado mais?
E se eu tivesse me soltado mais, relaxado mais?
E se tivesse rolado?
Será que estaríamos juntos? 
Eu, você, e todos os meus sonhos bobos. Meus planos. Meu gostar.
Será que teria durado? 
Mesmo que não tivesse durado "Para todo o sempre...", acho que eu teria me contentado com o "Eterno enquanto dure...". 
Mas não durou. Teve apenas o começo. O meio e o fim se perderam no meio do caminho, e me deixaram no meio do caminho, no meio da estrada, sem ponto de ônibus, de táxi, sem uma alma viva. 
E até hoje não consegui voltar pra casa. Pro que eu era.