"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."
(Antoine de Saint-Exupéry)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Esquecimento

Ontem quando cheguei na Pós, abri meu caderno e me deparei com esse rascunho. 
Rascunho de algo que hoje preciso esquecer!


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Canalha


O canalha não tem jeito mesmo. E nunca terá. Ele é o sociopata do amor. Inspira confiança e expira mentiras. E você, na falta de algo melhor, vai respirando esse ar sedutor. No alto dos seus 1,70m de mulher independente, forte e sedutora, você sempre acha que pode consertá-lo. Esqueça, você está apaixonada e o antídoto para o canalha é o desprezo. O canalha finge que não é um canalha. Posa de bom moço, carente, apaixonado e infeliz. E você acredita ser a salvação dessa alma perdida, depois de tantas desilusões amorosas. O canalha cria uma nova identidade, mas sem registro em cartório. Ele age por instinto, não sabe ser de outra forma. A sedução faz parte da sua sobrevivência emocional. Ele é uma fera e você o prato de comida.
Mas ele tem um jeitinho tão meigo, uma conversa tão bacana, não é mesmo? O canalha é inteligente, sagaz, enigmático e te faz rir. Pronto, o cara perfeito. O único porém é que ele nunca será completamente seu. Amar um canalha é entrega sem devolução. A submissão é ingrata: revolta, mas apaixona. O canalha é o disfarce da conquista, máscara do engano. E é justamente isso que te encanta nele. Ele sorri em versos, fala em melodia e te decifra com os olhos. O canalha parece ter o manual de instruçõespara seduzir. E faz isso sem nenhuma força. Você consegue ver sensualidade nele caminhando na rua, tomando whisky, acendendo um cigarro e até dirigindo.
O canalha nem bonito é, mas parece ter nascido para desafiar o seu bom gosto. Ele faz você escutar músicas que você nem sabia que existiam, faz você pesquisar textos e frases que traduzam o que você está sentindo. Faz você acordar de manhã e lembrar dele, pelo menos, na hora de passar o perfume.
O canalha não pede, manda. Você adora e depois se odeia. Tenta escapar e horas depois, cai numa armadilha. Mas não fique triste, o canalha é o “teste drive” para qualquer corrida amorosa. É pré-requisito para as provas de amor. Toda mulher precisa de um bom e cruel canalha no seu caminho para encontrar o próprio valor. Somente depois de alguns meses mendigando atenção e se alimentando de mentiras cobertas por uma camada de ilusão, que você vai encontrar a correspondência do seu amor. Não nele, claro. Mas antes do coração achar o endereço certo para se apaixonar, é preciso primeiro ter garantias. É a conquista do chamado amor próprio.
Amar um canalha faz parte da vida, é a construção de si mesma, leitura obrigatória para o vestibular sentimental que vem pela frente. Estar com um canalha é mais do que necessário. É gostoso.

(texto por Chico Garcia)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

P'ronde é que foi?

"Não tive a intenção de me apaixonar, mera distração e já era momento de se gostar..."

Não sei mais o que pensar, como agir. 
Não sei mais de onde tirar forças pra acreditar.
Não entendo mais nada.

Sempre acreditei e tive fé que um dia encontraria alguém que se tornaria a minha calma, que eu pudesse pensar "pronto, chega de me machucar, nele eu posso confiar". Mas uma parte de mim não sente mais isso, porém a outra parte ainda possui uma fé incrível de que tudo ficará bem, e que esse alguém é você.

Dá medo cogitar a hipótese de que você possa ser apenas mais um... e nesse "mais um", minha pior decepção. 

Em meio há conversas antigas, encontrei isso: "eu não posso deixar de ler o seu blog, afinal de contas é a única inspiração que eu tenho pra escrever no meu ^^".
Pois então, eu nunca deixei de ler o seu, mas agora não sei mais até onde isso é bom. Antigamente eu conseguia distinguir o que era pra mim, o que era pra ela... agora já não mais.
Ler o que você escreve hoje me faz mal, isso tá errado não?!

"Então vamos para uma função rápida... se eu sou calmaria e você precisa de calmaria no seu coração, logo seu coração precisa de mim!"
Da maneira que for, devolve minha calmaria, por favor?