"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."
(Antoine de Saint-Exupéry)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sempre pela metade...

Sempre detestei esse negócio de "pela metade", principalmente quando se trata do coração, homem tem uma mania besta de deixar as relações pela metade (ou eu que tenho o dedo muito podre e só me deparo com seres deste tipo). Te faz acreditar que tá tudo indo às mil maravilhas e em questão de segundos... puff... evapora, sem deixar qualquer vestígio pra contar história.

Não quer mais? Cansou? Enjoou? Tá com medo?
O-K-A-Y-!-!-! Você tem todo o direito, mas fala CACETE!!!
Não precisa de rodeios, é só chegar e dizer "não quero mais, assim e assado. tô saindo da sua vida!"... simples, não?!

Mas não, o energúmeno prefere tomar pó de pirlimpimpim. Aí a troxa aqui (sim, pq nós, mulheres, quando nos apaixonamos, somos tão energúmenas quanto eles. não é a toa que semelhante atrai semelhante), ficamos nos perguntando por dias, semanas, meses... "Por quê? Mas por quê? Tava tudo tão bem... e blábláblá Wiskas Sachê", e aí é um tal de ligar, de mandar sms, e xeretar todo santo dia o Facebook alheio. Pra quê? Eu respondo! Pra continuar sem sinal de vida - isso quando não aparece o status de "está em um relacionamento sério" -, e aí sim se descabelar de tanto chorar, sofrer.

Até que um belo dia você acorda igualzinha a música "Perigosa" das Frenéticas e resolve que vai apagar o telefone, sms, Facebook, Twitter e o escambal, pq você acredita na frase "o que os olhos não vêem, o coração não sente", mas se esquece de que o o perfil dele nas redes sociais continuará lá, intacto, pra qualquer um acessar - inclusive você -, na hora que tu bem entender, ou melhor, na hora em que o coração apertar de tanta saudade. Acessa uma, duas, três vezes, por dia, por semana, e começa a reparar que ele não sumiu só da sua vida, mas das redes também. Aí aquele instinto "Perigosa" já fraqueja, e ressurge uma estúpida esperança de que ele deve estar sem tempo, e que é por isso q não te retorna (até pq em algum papo entre vocês uma dia ele disse "vc já deve ter percebido que eu sou devagar pra responder msgs"). E por incrível que pareça essa birosca de esperança conforta absurdamente o coração e te faz ficar esperando por mais algumas horas, dias, semanas, horas, ele ressurgir feito Fênix das cinzas. Não pense que ele vá ressurgir, muito menos cair no seu plano bobo de esnobá-lo quando coincidentemente vocês se encontrarem numa festa. Hellooooooooooooooooooooooooo... ele sumiu, ou seja, se ele te ver de novo vai continuar da mesma maneira que permaneceu todo esse tempo, cagando e andando pra ti!

Aaah, tem também aquele belo dia que você acorda decidida a curtir sua solteirisse, pegar todos e não se apegar a nenhum. Aaaaaaaaaa tá!!!
Ok vc sai, vai pra festas, pega um aqui, outro ali, e nada mais, mas o fóda é quando se está com um ou outro, mas a cabeça não para e resolve comparar tudo. Aí compara, o beijo, o abraço, a risada, o sorriso, o papo, a pegada... e o acontece? Você volta pra casa pior do que saiu. Afinal, você pode ter deletado ele de tudo quanto é lugar digital, mas do coração... aaaa do coração são outros 500.

Não se pode ter uma estimativa de quanto tempo levará pra você voltar a ouvir uma banda, por exemplo, e não lembrar mais dele. Coração não vêm com manual de instruções, muito menos prazo de validade. Coração tem vida própria e gosta de tudo por inteiro, sem essa de metade!