"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."
(Antoine de Saint-Exupéry)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Fragmentos: 1 de 5 - Reencontro

Era pra ter sido simples, prático, doce, leve, mas não foi. Parece que pra nós a lei básica é a complicação.
Você pode não ter percebido, mas eu estava lá desarmada, completamente desarmada. Pra ser sua, só sua e de mais ninguém. Sem culpa. Mas você não percebeu.
Você diz tanto que vamos nos machucar, mas será que não é você que tem medo disso e acaba jogando a responsabilidade pra mim também?
Se você soubesse como eu estava feliz por ficar com você durante algumas horas. Eu e você e mais ninguém. Ambos tentando seguir a trégua.
Mas é claro que eu tinha que estragar tudo, eu e meu gênio. 
Se eu pudesse pedir algo a você, pediria pra não desistisse. No começo nada é fácil, principalmente quando é algo novo, precisa de paciência e ajustes. 
Pediria pra que você parece de tomar as decisões por mim. Você decidiu que vamos nos machucar. Você decidiu que é melhor não nos vermos mais. Mas e eu? Cadê a parte que me cabe nessa decisão?
Sinto lhe dizer, mas me machuco muito mais com sua ausência, do que com a sua presença.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Destroços

Será que um dia vou voltar a confiar? Querer fazer planos, ter sonhos, criar expectativas?
Será que um dia vou conseguir me apaixonar de novo sem ter medo?
Será que um dia vou conseguir voltar a ouvir canções que gostávamos sem lembrar de você? Sem lembrar do grande canalha que você foi?
Afinal, eu gostava tanto dessas músicas muito antes de te conhecer.
Aí quando éramos apenas amigos, eu passei a gostar mais ainda por me lembrar alguém que me fazia bem, que eu achava que podia confiar e que jamais me machucaria; aí quando começamos a ficar, você foi meu companheiro nos shows, e o gostar ficou mais forte, e a lembrança também. E aí que quando eu menos esperava, você me machucou, me decepcionou, e estragou tudo. As músicas, as boas lembranças.
Nunca senti isso por ninguém, mas por você eu sinto. Sinto ódio, raiva, a ponto de ser capaz de voar no seu pescoço e fazer o barraco no século se um dia esbarrar contigo na rua (e isso uma hora vai acontecer... e como eu quero que aconteça)
É, você destruiu tudo o tinha de bom, de melhor em mim... mas tudo bem, o mundo é redondo, dá voltas, a lei do retorno existe, e um dia vou te sofrer de um jeito muito pior do que eu ainda sofro.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Esquecimento

Ontem quando cheguei na Pós, abri meu caderno e me deparei com esse rascunho. 
Rascunho de algo que hoje preciso esquecer!


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Canalha


O canalha não tem jeito mesmo. E nunca terá. Ele é o sociopata do amor. Inspira confiança e expira mentiras. E você, na falta de algo melhor, vai respirando esse ar sedutor. No alto dos seus 1,70m de mulher independente, forte e sedutora, você sempre acha que pode consertá-lo. Esqueça, você está apaixonada e o antídoto para o canalha é o desprezo. O canalha finge que não é um canalha. Posa de bom moço, carente, apaixonado e infeliz. E você acredita ser a salvação dessa alma perdida, depois de tantas desilusões amorosas. O canalha cria uma nova identidade, mas sem registro em cartório. Ele age por instinto, não sabe ser de outra forma. A sedução faz parte da sua sobrevivência emocional. Ele é uma fera e você o prato de comida.
Mas ele tem um jeitinho tão meigo, uma conversa tão bacana, não é mesmo? O canalha é inteligente, sagaz, enigmático e te faz rir. Pronto, o cara perfeito. O único porém é que ele nunca será completamente seu. Amar um canalha é entrega sem devolução. A submissão é ingrata: revolta, mas apaixona. O canalha é o disfarce da conquista, máscara do engano. E é justamente isso que te encanta nele. Ele sorri em versos, fala em melodia e te decifra com os olhos. O canalha parece ter o manual de instruçõespara seduzir. E faz isso sem nenhuma força. Você consegue ver sensualidade nele caminhando na rua, tomando whisky, acendendo um cigarro e até dirigindo.
O canalha nem bonito é, mas parece ter nascido para desafiar o seu bom gosto. Ele faz você escutar músicas que você nem sabia que existiam, faz você pesquisar textos e frases que traduzam o que você está sentindo. Faz você acordar de manhã e lembrar dele, pelo menos, na hora de passar o perfume.
O canalha não pede, manda. Você adora e depois se odeia. Tenta escapar e horas depois, cai numa armadilha. Mas não fique triste, o canalha é o “teste drive” para qualquer corrida amorosa. É pré-requisito para as provas de amor. Toda mulher precisa de um bom e cruel canalha no seu caminho para encontrar o próprio valor. Somente depois de alguns meses mendigando atenção e se alimentando de mentiras cobertas por uma camada de ilusão, que você vai encontrar a correspondência do seu amor. Não nele, claro. Mas antes do coração achar o endereço certo para se apaixonar, é preciso primeiro ter garantias. É a conquista do chamado amor próprio.
Amar um canalha faz parte da vida, é a construção de si mesma, leitura obrigatória para o vestibular sentimental que vem pela frente. Estar com um canalha é mais do que necessário. É gostoso.

(texto por Chico Garcia)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

P'ronde é que foi?

"Não tive a intenção de me apaixonar, mera distração e já era momento de se gostar..."

Não sei mais o que pensar, como agir. 
Não sei mais de onde tirar forças pra acreditar.
Não entendo mais nada.

Sempre acreditei e tive fé que um dia encontraria alguém que se tornaria a minha calma, que eu pudesse pensar "pronto, chega de me machucar, nele eu posso confiar". Mas uma parte de mim não sente mais isso, porém a outra parte ainda possui uma fé incrível de que tudo ficará bem, e que esse alguém é você.

Dá medo cogitar a hipótese de que você possa ser apenas mais um... e nesse "mais um", minha pior decepção. 

Em meio há conversas antigas, encontrei isso: "eu não posso deixar de ler o seu blog, afinal de contas é a única inspiração que eu tenho pra escrever no meu ^^".
Pois então, eu nunca deixei de ler o seu, mas agora não sei mais até onde isso é bom. Antigamente eu conseguia distinguir o que era pra mim, o que era pra ela... agora já não mais.
Ler o que você escreve hoje me faz mal, isso tá errado não?!

"Então vamos para uma função rápida... se eu sou calmaria e você precisa de calmaria no seu coração, logo seu coração precisa de mim!"
Da maneira que for, devolve minha calmaria, por favor?






domingo, 27 de janeiro de 2013

É simples...

"A gente se entende, a gente conversa, a gente deixa rolar. É tudo simples, é tudo perfeito."

Mas cadê a conversa que sempre existiu? Me sinto como se tivesse perdido o rumo, o controle de nós. Não sei o que acontece com você (principalmente depois de ter lido seu último texto), e isso me deixa agoniada. Tem 15 dias que o coração tá apertado, minha gastrite tá atacada, eu perdi o apetite (que já não é muito quando eu estou emocionalmente bem). Eu não sei mais o que fazer.

Eu tenho a péssima mania de querer controlar meus sentimentos, meu destino, mas eu sei que não é assim que a vida funciona. Eu, toda "ingênua", achando que naquele sábado em que saímos,  no final do dia não iríamos ficar. Bobinha eu né?! Mas confesso que aquele beijo causou uma enorme confusão dentro de mim, e como válvula de escape, eu vim com esse papo de relacionamento aberto. Tudo por medo de me apaixonar de novo e me machucar. Só que com o passar dos dias e semanas, você foi me ganhando, e cá estou eu apaixonada por você! E só percebi a proporção disso tudo nesses último dias que mal nos falamos. Dói não ler mais um simples "estou com saudade", ou aquele "oi... tudo bom?", as brincadeiras de todo dia (sim, eu avisei que ficaria mal acostumada).

Eu não sei mais o que fazer. Nunca pensei que seria tão difícil pra mim ficar "quieta", e respeitar seu espaço, o fato de você não querer dividir algo. Concordo que nossa vida não precisa ser um livro aberto, mas me magoa o modo como as coisas estão... 2 meses já se passaram, e eu me sinto avulsa da sua vida. Ok, eu tenho a consciência de que posso ter apressado as coisas, mas sei lá... imaginei que fosse ser recíproco.

Talvez não nos conhecemos o suficiente ainda. Eu quando gosto, gosto pra valer, me entrego. Quero a pessoa sempre ao meu lado, pra tudo. Se eu tive meu momento de confusão, te garanto que já passou. Só eu sei o quanto me controlei pra não parecer ciumenta, insegura. Não faço por mal, mas é meu jeito. São consequências de muitas cabeças que eu já dei por aí. Dá um medo quando por um único segundo eu penso que uma hora eu posso te perder, parece que não vou suportar se isso um dia acontecer... ainda mais se for pra ela. 

Como eu quero que você a esqueça. Assim como eu, que finalmente esqueci ele.
E se por um acaso você perceber que não irá conseguir, apenas me deixe ir.



Stay with me. 
You're all I see. 

Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if  I didn't, I'm a fool you see
No one knows this more than me